Mais do que chocolates e flores.

            12 de junho, dia dos namorados… Uma data marcada pelo amor? Não, única e exclusivamente em prol do capitalismo, mas vamos deixar um pouco a militância de lado? O que vocês acham de pensarmos, nesse 12 de junho como se fosse 14 de fevereiro, o dia de São Valentim? 

(Imagem da internet)

Na Europa e nos Estados Unidos, o dia dos namorados é originário de uma triste história em que um bispo, no século III, decidiu ir contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido a realização de casamentos durante a guerra, e casar os jovens guerreiros pois acreditava que isso lhes daria mais força na batalha. A ação de Valentim foi descoberta e ele foi preso e condenado à morte. Considerado mártir pela Igreja Católica, a data da morte do bispo, 14 de fevereiro, foi imortalizada. 

Minha ideia aqui, talvez, saia um pouco da curva, pois eu gostaria que pensássemos o dia dos namorados menos como uma data comercial e mais como uma data para celebrar o amor, seja ele na forma que for. Meu devaneio começa aqui:

Encarar o dia dos namorados, para os solteiros, sempre é alvo de piadas nas redes sociais. Imagens com frases do estilo “Vidas solteiras importam. Diga não ao dia dos namorados”, classificam esse número no calendário como chacota. Porém, o que vocês acham de pensar de outra forma? Falamos sempre sobre amor próprio, sobre estar confortável com a própria companhia, e talvez o dia de hoje seja justamente sobre isso. Por que não devemos usar esse dia como nosso, mesmo que não estejamos em um relacionamento? 

Visualizar o "Valentine's Day” brasileiro como o dia da celebração do amor é mais do que estar com alguém. Para não ficar sozinho, se isso te incomoda, existem possibilidades. Amigos e família também são relacionamentos, muitas vezes, tão difíceis quanto o casamento, pois se formos pensar em ambos os espectros, a palavra “relacionamento” vem de “re-laços”, ou seja, traçar novos laços. Significa, portanto, que devemos estar em constante conquista. Então, por que não podemos enxergar eles como o nosso date de hoje? Ou nós, como nossos próprios dates? 

Vivenciar o dia dos namorados tem que ser mais do que gastar, tem que ser representado pela companhia boa e pelo amor, seja ele o próprio ou o compartilhado. Vamos começar a pensar assim? O que acham? Porque, se formos pensar de verdade em tudo isso, a única coisa que caracteriza o dia dos namorados, os relacionamentos, a vida e esse texto, simultâneamente, é o ponto final, seja ele em fórmula de reticências ou na finalidade de um capítulo. 


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